Jesus desconstrói aquilo que pode danificar a pureza de seu ensinamento. Surpreende os discípulos com suas pretensões. Estavam ainda na visão de um reino messiânico igual aos outros. Já começavam a escolher os lugares para definir quem é o maior. No momento em que Jesus instruía justamente sobre o que iria acontecer com Ele, eles falavam a linguagem do poder.
Uma atenta leitura dos quatro evangelhos mostra que os apóstolos, inicialmente, não entenderam o que significava “Reino do Céu”, expressão que Jesus usava frequentemente. Para eles era normal comparar o Reino de Deus com o reino dos homens. Por isso, achavam por bem, mesmo que de modo silencioso, “aspirar” por um lugar de destaque. Mas Jesus escolheu uma criancinha, abraçou-a, colocou-a no meio deles, e disse: “Todo o que recebe um desses pequeninos em meu nome, a mim recebe; e todo que recebe a mim, não me recebe, mas aquele que me enviou”. Assim Jesus deixa bem claro que tudo que se faz com amor, também para uma criancinha indefesa, tem sua recompensa, porque é isso que agrada a Deus. (Mc 9, 30-37)
“Monge”
