Jesus tem uma palavra dura aos discípulos que não compreenderam seu ensinamento. A questão provoca divisão e deserção dos discípulos. É que eles alimentavam expectativas de um Jesus triunfal e nacionalista. De fato, o que se pensava é que Jesus fosse rei ao estilo de outros tantos reis e que tivesse como prioridade a libertação de Israel do domínio romano. Jesus, porém, propõe outra forma radical de viver o reinado, e isso os escandaliza; muitos então, pensam que a exigência é dura demais e o abandonam. Ó Jesus, querido...

Existe uma correlação direta entre a Eucaristia e vida eterna. Como a vida eterna terá sua coroação na ressurreição final, a Eucaristia aparece como “medicina de imortalidade”. A carne e o sangue do Filho de Deus são verdadeira comida e verdadeira bebida. Podem perfeitamente cumprir a função de saciar a fome e a sede das quais Jesus falava: “Aquele que vem a mim não terá fome. E aquele que crê em mim jamais terá sede” Comer a carne de Jesus era uma expressão incompreensível e repugnante para os judeus...

A fé autêntica movimenta nossa alma na dinâmica do amor. Somos atraídos pelo Senhor, que não se cansa de nos mostrar seu amor sem-fim. Quem se deixa atrair por Deus-Pai, chega a Jesus. O Pai conduz a Jesus porque esse é o seu dom, expressão do seu amor à humanidade. Para chegar a Jesus pelo dom do Pai, é preciso fé e reconhecimento. A fé não depende da iniciativa humana, nem de seus méritos; é antes de tudo uma atração interior que o Pai suscita. O tema da atração divina está unido ao amor. (Jo 6, 44-51)

Para ter vida em Jesus é preciso aproximar-se dele, e, em sintonia com ele, não seremos lançado fora. Quem se aproxima de Jesus, fonte de vida, comida e bebida para o espírito, tem vida plena e ressurreição. Ser cristão implica em quardar a Palavra de Deus e alimentar-se com o pão e a água da vida. Somos amados gratuitamente, escolhidos e chamados para a vida nova. Em nós não podemos confiar, mas no amor do Pai, sim. Só nós mesmos podemos impedir que seu amor infinito nos salve. (Jo 6, 35-40)

Todos ouviam Jesus, seu Evangelho, seu ensinamento, como nós. A mensagem era a mesma, mas, além dos que a acolhiam, havia os que a rejeitavam. Quem a aceitava mudava sua vida, suas atitudes, seu jeito de viver. Jesus deixa claro que não veio trazer-nos o pão material, mas sim o pão da vida, a vida que atende a todos os nossos anseios e dura para sempre. Se queremos ter certeza disso, existe apenas um caminho: crer nele e reconhecê-lo como Filho de Deus. (Jo 6, 30-35)

Jesus se identifica como o pão da vida, que ativamente dá a vida e produz consequências eternas que transcendem as possibilidades humanas. Mas toda essa transformação requer por parte do homem e da mulher uma condição prévia: a fé. Eles viram os pães se multiplicarem, mas não perceberam que o Pai lhes estava mostrando que Jesus era para eles a vida, o Salvador, que lhes poderia dar o pão da vida eterna. E nós, como procuramos Jesus? Será que que o reconhecemos como nosso Salvador? Pensemos, pois, no lugar que Jesus realmente...

Pouco a pouco, toda comunidade de discípulos vai “sendo contagiada” pela fé na ressurreição. Certamente foi necessário experimentar as dúvidas, o temor, o sentimento de frustração e de derrota, mas ao ver Jesus vivo, tudo mudou. A Comunidade é uma “grande” escola que, vivendo o ensinamento de Cristo, nos ajuda a perpetuar a fé autêntica, firmada na caridade, na solidariedade e na fraternidade. Todos nós somos convidados a dar testemunho da fé em Cristo ressuscitado. (Lc 24, 35-48)