Muito podemos aprender com Neemias, copeiro de Artaxerxes. Certa vez, enquanto servia o jantar a esse rei persa, teve a oportunidade de lhe dizer que estava muito infeliz por causa da decadência da cidade de seus antepassados. O rei lhe deu, então, o apoio necessário para a reconstrução da cidade.
Ele não foi somente o reconstrutor dos muros de Jerusalém, uma importante missão que recebera de Deus. Sabia que sozinho não seria capaz de realizar tal obra e assim tornou-se um grande construtor de “pontes” entre as pessoas. (Ne 2, 1-8)
Vivemos em um mundo contraditório. Enquanto as grandes empresas e nações tratam de se associar, a cada dia mais pessoas vão entrando em um processo de isolamento. Poucos são os motivos que levam as pessoas a saírem de casa, menos ainda os que as fazem relacionar-se umas com as outras. As casas estão bem equipadas com televisores, DVDs, som de última geração, jogos ultramodernos e computadores que se conectam com o mundo inteiro. Tudo isso traz um sentimento de auto-suficiência, a ponto de muitos pensarem que não precisam de mais ninguém. Esta situação já atingiu os cristãos, nem todos dão a devida atenção ao relacionamento com os outros, um dos grandes tesouros da vida cristã.
Nós vivemos num ambiente hostil e a união é o segredo que nos garantirá a vitória em Jesus Cristo. Portanto, ainda antes de iniciarmos a construção dos “muros” uma tarefa ou alguma obra para o nosso Deus, deveríamos iniciar a reconstrução das pontes entre nós. Para isso, perdoe antigas ofensas, ou peça perdão pelas que cometeu; gaste mais tempo conversando com as pessoas; visite-as; prepare um jantar e convide alguém que gosta conhece há anos, mas só vê de vez em quando.
Enfim, sejamos construtores de pontes, elas garantem nossa união e nos ajudam quando os problemas abalarem nossas vidas.
