O Evangelho afirma que, ao dizer isso, Jesus estava cheio de uma divina alegria. Alegrava-se muito vendo que o Pai se fazia compreender pelos pequenos e simples. Não merecemos que Ele se manifeste a nós; não lhe podemos marcar a hora nem impor condições. Deus só se revela por amor e só pode ser acolhido e compreendido por quem se deixa conquistar por seu amor.
Jesus concluí esse trecho afirmando: “Ninguém conhece quem é o Filho senão o Pai, nem quem é o Pai senão o Filho, e aquele a quem o Filho o quiser revelar”. Da parte dele, a graça da revelação é ofertada a nós sempre que entrarmos em contato com a sua Palavra, quer quando a lemos, quer quando a ouvimos. Ela porém, não está somente nos trechos lidos ou ouvidos, pois nosso Mestre se revela também por meio dos irmãos e dos acontecimentos. Quantas vezes recebemos críticas de nossos irmãos, que explícita ou abertamente, apontam-nos erros que nós, sozinhos, não teríamos percebido? Isso é uma caridade muito grande, pela qual Deus nos fala. Portanto, em vez de ficarmos zangados e ofendidos, devemos agradecer a quem nos fez o favor de abrir nossos olhos para defeitos que não tínhamos notado. (Lc 10, 17-24)
