Jesus retoma o tema das ovelhas: as que o Pai lhe deu, ninguém pode arrancá-las de sua mão. Ele já havia mostrado por palavras e obras quem ele era; mas aqueles que não o aceitavam interrogavam-no. Não acreditavam nele. Não eram sinceros, não procuravam a verdade, buscavam só pretextos para acusar Jesus. Ó Cristo Jesus, concede-nos abertura de coração e ouvidos bem aguçados para te acolher em nossa vida e assumir contigo um compromisso duradouro; queremos ser ovelhas fiéis do teu rebanho, Senhor. (Jo 10, 22-30)

Quem cuida da porta do aprisco das ovelhas é o porteiro. Jesus é a porta de acesso das ovelhas. Ele cuida para que estranhos não entrem e causem estragos no rebanho. Ao pastor, a porta está sempre aberta, pois “ele é da casa” e sua presença é desejada por ser garantia de proteção para o rebanho. Não só se chega à salvação através de Jesus, indica-se também que todos os bens estão nele. Não é só o caminho de acesso ou de entrada; constitui também o novo aprisco, o novo templo, o lugar da verdadeira comunhão. (Jo 10, 1-10

Jesus se identifica totalmente com a figura central do quadro simbólico: o Pastor. Ele é o Bom Pastor, porque dá a vida por suas ovelhas. Os cristãos sofrem perseguição, porém não desanimam, pois contam com a força do Espírito Santo. Cristão é aquele que faz a opção de se comportar como filho de Deus, o que pratica a justiça e vive a fraternidade, animado pelo amor de Deus. Ó Bom Pastor, concede-nos discernimento, para não corrermos atrás de maus pastores; ao invés, ilumina nossa mente e fortalece nosso espírito, para...

Jesus tem uma palavra dura aos discípulos que não compreenderam seu ensinamento. A questão provoca divisão e deserção dos discípulos. É que eles alimentavam expectativas de um Jesus triunfal e nacionalista. De fato, o que se pensava é que Jesus fosse rei ao estilo de outros tantos reis e que tivesse como prioridade a libertação de Israel do domínio romano. Jesus, porém, propõe outra forma radical de viver o reinado, e isso os escandaliza; muitos então, pensam que a exigência é dura demais e o abandonam. Ó Jesus, querido...

Existe uma correlação direta entre a Eucaristia e vida eterna. Como a vida eterna terá sua coroação na ressurreição final, a Eucaristia aparece como “medicina de imortalidade”. A carne e o sangue do Filho de Deus são verdadeira comida e verdadeira bebida. Podem perfeitamente cumprir a função de saciar a fome e a sede das quais Jesus falava: “Aquele que vem a mim não terá fome. E aquele que crê em mim jamais terá sede” Comer a carne de Jesus era uma expressão incompreensível e repugnante para os judeus...

A fé autêntica movimenta nossa alma na dinâmica do amor. Somos atraídos pelo Senhor, que não se cansa de nos mostrar seu amor sem-fim. Quem se deixa atrair por Deus-Pai, chega a Jesus. O Pai conduz a Jesus porque esse é o seu dom, expressão do seu amor à humanidade. Para chegar a Jesus pelo dom do Pai, é preciso fé e reconhecimento. A fé não depende da iniciativa humana, nem de seus méritos; é antes de tudo uma atração interior que o Pai suscita. O tema da atração divina está unido ao amor. (Jo 6, 44-51)

Para ter vida em Jesus é preciso aproximar-se dele, e, em sintonia com ele, não seremos lançado fora. Quem se aproxima de Jesus, fonte de vida, comida e bebida para o espírito, tem vida plena e ressurreição. Ser cristão implica em quardar a Palavra de Deus e alimentar-se com o pão e a água da vida. Somos amados gratuitamente, escolhidos e chamados para a vida nova. Em nós não podemos confiar, mas no amor do Pai, sim. Só nós mesmos podemos impedir que seu amor infinito nos salve. (Jo 6, 35-40)