Jesus tinha falado da traição de Judas, da covardia de Pedro e de sua morte próxima. Ele mesmo estava angustiado, mas animou seus discípulos. Apresentou várias razões para que não se apavorassem. E eles acreditavam em Deus e nele confiavam; deviam, pois, acreditar em Jesus e ter confiança nele. Mesmo morrendo continuava sendo o enviado do Pai.
O amor misericordioso de Cristo por nós nos conforta, seja qual for a realidade que estivermos vivendo.
O conselho de Jesus é muito importante: “Não se perturbe o vosso coração. Credes em Deus, credes também em mim”. Vivemos cheios de preocupações com o que nos há de acontecer. Se nos deixarmos levar por elas, sofreremos por antecipação. Jesus se oferece para “tomar conta” de nossas preocupações e pergunta-nos se confiamos nele. Muitas vezes, nós lhe respondemos que “sim” e entregamos-lhe nossos medos, mas, logo em seguida, pegamos de volta de suas mãos aquilo que lhe tínhamos entregado. Quando confiamos a Deus nossas preocupações e nossos medos, nosso coração deve ficar em paz, e devemos manter a serenidade de espírito, sem temer o que nos acontecerá. De mais a mais, o passado passou, e não podemos voltar atrás para alterá-lo. O futuro ainda não chegou, e não adianta ficarmos desassossegados com o que ainda não aconteceu. A conclusão que se apresenta, então, é que devemos viver da melhor maneira possível o presente, deixando-nos abandonar nas mãos de Deus! (Jo 14, 1-6)