Certamente, todos nós mais de uma vez rimos dessa discussão dos discípulos de Jesus. Não entendemos como ainda pudessem ser tão vaidosos depois de ter ouvido o Mestre tantas vezes. Mas é exatamente isso que também nós fazemos. Continuamos preocupados com questões de prestígio e precedência, procurando distinções, condecorações e cargos de importância.
Os valores do Reino de Deus são opostos aos do mundo. Para ser maior do que o outro, iniciam-se guerras entre as nações, mata-se e rouba-se. Para ser menor, renuncia-se a tudo, inclusive ao aparecer, ao mostrar -se, ao chamar atenção sobre si; serve-se aos irmãos sem esperar recompensa, dedicando-se também aos trabalhos mais humildes; não se procura a amizade dos grandes desse mundo para tirar proveito, mas busca-se a aproximação das pessoas simples, das que são excluídas da sociedade; tem-se uma atenção especial a abrir o coração para quem tem fome, sede e não tem roupa, nem moradia; cultiva-se o carinho para com os idosos e os doentes; partilha-se o que se tem com aqueles que nada possuem. Mas o que levará mulheres e homens a aceitarem levar uma vida de renúncia, de sacrifício e de oblação? O amor de Deus e a visão de sua presença no outro! (Lc 9, 46-50)