Os discípulos deviam estar entusiasmados, porque de algum modo se sentiam importantes, vendo como o povo admirava Jesus. Não entendiam porque o Mestre, apesar de tudo, começava a falar em perseguição, fracasso e morte.
A expectativa comum era de que o Messias, quando viesse, fosse materialmente poderoso, um rei cercado pelos ministros e cortesões, general de um grande exército, cuja primeira missão seria a de expulsar definitivamente os romanos da Palestina. É por isso que o Evangelho registra: “Eles, porém, não entendiam essa palavra e era-lhes obscura, de modo que não alcançaram o seu sentido; e tinham medo de lhe perguntar a esse respeito”. Conosco pode se dar o mesmo. Embora tenhamos aceitado o Reino dos Céus ou Reino do Amor, colocamos nossa segurança na tecnologia, no dinheiro, nas amizades interesseiras. Esquecemo-nos de que o Reino de Jesus não é deste mundo, mas movido principalmente pelas orações, pela fé na Palavra de Deus e pelo cumprimento de sua vontade, expressa nos Dez Mandamentos. (Lc 9, 43-45)