Se a vida natural é nosso maior bem, quanto mais a vida sobrenatural. Se perdermos essa vida, nada podemos fazer por nós mesmos para recuperá-la. Jesus promete-nos essa vida, por isso pode pedir-nos que o aceitemos de maneira total, sem meios-termos. Para o seguir temos de deixar absolutamente tudo quanto for necessário.
O evangelho e seu anúncio de felicidade passam pela cruz. No entanto, não devemos centrar nosso seguimento no sofrimento, mas, sim, impedir que este nos afaste de Jesus. Precisamos evitar as cruzes “desnecessárias” que, as vezes, impomo-nos; precisamos de sabedoria para sabermos distinguir entre a cruz de Cristo e as cruzes inúteis e daninhas, geradas pelos nossos pecados. A verdadeira cruz é a da fidelidade à vontade do Pai; a verdadeira cruz nos configura a Jesus, e não ao nosso próprio eu. Cristo nos convida, e se aceitamos seu convite é porque apostamos nele e não em nós mesmos. (Mt 16, 24-28)