Há um tom de profunda tristeza nas palavras de Jesus. Tanto mais que não pensava apenas nos discípulos e apóstolos que escolhera. Via todos nós que, através dos tempos, abandonamo-lo tão medrosamente, com tantos pretextos. O mais incrível é que, apesar de tudo, está pronto a nos acolher, para que nele possamos encontrar a paz. Tenho de voltar o quanto antes para Ele e seu amor.
Em nossa vida, há momentos de consolo e de fervor em que o Senhor nos fala claramente, e sua linguagem já não é figurada. Se, por um lado, é fácil acreditar que Jesus é Filho de Deus, por outro lado, Ele próprio nos previne que enfrentemos com coragem os momentos de secura e aridez espiritual. O mundo se volta contra a nossa doutrina e, em nome de um “progresso”, oferece-nos princípios que não podemos aceitar. Sem dúvida, neste trecho do Evangelho, Jesus profetiza as perseguições que, de fato, ocorreram e que obrigaram os cristãos a se dispersarem por outras nações. Mesmo diante disso, seu Evangelho foi levado aos pagãos. Por isso, Jesus avisa a seus discípulos, a nós e a todos aqueles que hão de vir, que não devemos nos perturbar: “Referi-vos essas coisas para que tenhais a paz em mim. No mundo haveis de ter aflições. Coragem! Eu venci o mundo”. Estejamos sempre unidos a Jesus pela oração. (Jo 16, 29-33)