Nesta parábola, ao apresentar a figura do patrão como um pai de família, Jesus está pensando em Deus. E quando Ele sita os trabalhadores da vinha, Ele está pensando em nós. Este pai de família saiu bem cedo, às seis da manhã, para contratar operários para trabalhar na vinha. Combinou com eles o salário mínimo diário daquela época. Um denário por doze horas de trabalho. Ele saiu de novo às nove horas, às doze horas e às quinze horas e sempre contratando operários e prometendo pagar-lhes “o que for justo”. No final, passou às dezessete horas e contratou operários, sabendo que faltava apenas uma hora para encerrar o dia de trabalho. No final daquele dia, o patrão chamou o capataz e deu ordem para pagar um denário a todos os trabalhadores, começando daqueles que trabalharam apenas uma hora. Diante dessa atitude do pai de família, os que trabalharam o dia inteiro, pensaram que o patrão estava pagando um denário por hora. Fizeram as contas e acharam que receberiam doze denários. Esta é a justiça humana! Mas o pai de família manteve o contrato original e eles receberam apenas um denário.
A resposta do pai de família contém a chave para entendermos a mensagem da parábola. Muitos em nossa comunidade pensam que por estarem mais tempo participando dela ou engajados em pastorais, trabalhando pelo Reino de Deus, valem ou merecem mais do que aqueles que estão entrando agora na vida comunitária. Mas na comunidade todos têm o mesmo direito, porque a bondade e a misericórdia de Deus atingem todos por igual. Não é porque eu sou mais antigo na Comunidade que terei mais direitos ou regalias que aqueles que chegaram depois. (Mt 20, 1-16)