Jesus exulta de alegria com a revelação do amor do Pai aos humildes e aos pequenos. Fazer-se pequeno e humilde é reconhecer que tudo devemos a Deus, que tudo nos vem dele. Nossos critérios humanos podem não manifestar quem é Deus. Por isso, Jesus se volta àqueles que são capazes de revelá-lo autenticamente. Eles acolhem o jeito que Deus é, e não ficam imaginando um Deus a sua moda. Olhemos com mais profundidade o Evangelho de Cristo em nossa vida.
Sabemos que tanto a sabedoria quanto a inteligência são dons de Deus. Portanto, Jesus não quer dizer que esses dons sejam ruins em si. O que os “estraga” é não sabermos utilizá-los com a finalidade a que Deus os destinou. O Mestre tinha diante de si as autoridades judaicas, que só o ouviam para pegá-lo em algum erro. Sabemos que, infelizmente, aferradas em sua interpretação da Lei de Moisés, em lugar de abrirem seu coração às novidades do Evangelho de Jesus, mataram-no! Jesus tinha diante de si os pobres (os “pequeninos”, como Ele os chamava), que haviam encontrado alguém que os amasse e, assim, “bebiam” as palavras libertadoras do Mestre. O que diferenciava estes daqueles? De um lado, o orgulho; de outro, a humildade. Cuidemos para que o orgulho não nos feche em nós mesmos e impeça-nos de ouvir os outros. E, se constatarmos que estamos errados, que tenhamos a humildade de mudar de opinião. Isso é sabedoria, isso é usar a inteligência de modo correto, como é do agrado do Pai. (Lc 10, 21-24)