Apesar de Jesus ser visto por seus adversários como um perigo social, a multidão o segue porque vê n’Ele o libertador prometido. O problema é que esperam um libertador forte, um guerreiro militar. Jesus, porém, é um libertador universal, que luta a partir da consciência e não pelo caminho militar, e que baseia seu reino no amor e na justiça. A multidão quer só uma libertação exterior, Jesus propõe primeiro uma mudança interior, a partir da consciência e do coração. (Mc 4, 1- 20)
Na explicação da parábola aos discípulos, Jesus nos confronta com uma dura realidade: nem todas as pessoas acolhem a Palavra de Deus da mesma maneira. Os diferentes solos impedem ou propiciam o nascimento de uma planta sadia. Os mais difíceis, duros, pedregosos e espinhentos não permitem que ela se desenvolva e dê frutos. Com essa analogia, Jesus ensina que aqueles que recebem a Palavra com fé e depositam sua confiança integralmente em Deus, são como o terreno fértil que produz bom fruto.
A Bíblia atesta que a Palavra de Deus é viva e eficaz e que transforma vidas conforme a vontade de Deus. (2Tm 3. 16-17). O fruto de uma vida com Deus é essencialmente o amor e todas as ações e qualidades que dele brotam. ( Gl 5. 22-23). Este resultado não depende da nossa vontade, de capacidade ou esforço, mas unicamente do Senhor, que é quem dá o crescimento. A nós só cabe confiar e esperar em Deus. Também de nada adianta nos preocuparmos com o quanto poderemos produzir; tal atitude não produz nada e ainda pode atrapalhar. Deus não exige garantia de nossa fé. É o Senhor quem garante que daremos bons frutos quando o ouvimos com fé. Ao semear a Palavra de Deus e ao recebê-la de coração aberto temos uma garantia de boa colheita, ainda que não saibamos quando, de que modo e quanto.
Jesus está dizendo que todos que acolherem a Palavra de Deus com profundidade, colherão frutos de amor e de misericórdia. E você está acolhendo a Palavra assim?