As orações que recitamos de cor têm consigo o inconveniente de, às vezes, serem proferidas sem que prestemos atenção no sentido de suas palavras, porque nossa cabeça pode estar ocupada com uma série de outras ideias, bem diferente das que rezamos. Temos, então, de fixar na nossa mente o sentido das palavras que dizemos, para que se tornem nossas. Jesus, hoje, dá-nos um exemplo disso. Dizemos: “Perdoai as nossas ofensas, assim como nós perdoamos aos que nos ofendem”, mas se não tivermos perdoado a quem nos ofendeu, a oração se voltará contra nós, porque, disse nosso Mestre, “se perdoardes aos homens as suas ofensas, vosso Pai Celeste também vos perdoará. Mas se não perdoardes aos homens, tampouco vosso Pai vos perdoará”. É evidente que a solução não é deixar de rezar o Pai-Nosso, mas convertermo-nos, para que as palavras dessa belíssima oração correspondam à nossa vida. (Mt 6, 7-15)
“Monge”