A razão profunda de tantos santos e santas terem devotado suas vidas a tratar dos pobres, desde dar-lhe de comer e de beber, vesti-los, tratar de suas feridas e doenças, até ajudá-los a morrer em paz, foi ver neles todos, Jesus. Nós sabemos disso, mas, quando alguém nos pede alguma ajuda, nosso egoísmo e nossa ganância de juntar cada vez mais dinheiro, nos tentam a fecharmos nosso coração, dizendo-lhe: “vai trabalhar” ou “queria te ajudar mas estou sem dinheiro”, dentre outras tantas desculpas, que sabemos serem mentirosas, mas, que proferimos para livrar-nos de… Jesus. Enxergar Jesus nos pobres, exige de nós desapego dos bens, que, certamente, não levaremos conosco quando morrermos.
Todo ato de amor, por menor que seja, quando feito sem interesse, para uma pessoa frágil e excluída, pobre e sofredora, será computado no coração de Deus como gesto de santidade. Veja que Deus se preocupa com os gestos concretos de amor: dar comida aos famintos, água aos sedentos, acolher os indefesos, visitar os prisioneiros e doentes. Na hora de nosso encontro pessoal com Ele, muito mais do que perguntar se rezamos muito e se fizemos muitas penitências, Jesus vai olhar-nos docemente e perguntar sobre as obras boas que fomos capazes de fazer. O amor cobre uma multidão de pecados. (Mt 25, 31-46)
“Monge”