Aos três, que se ofereciam para o acompanhar como discípulos, Jesus respondeu apresentando exigências. Quem o quizer seguir deve estar disposto a não ter nada. Deve dedicar-se totalmente ao anúncio do Reino e segui-lo sem demora. Fico pensando qual seria a decisão dos três. Mas isso não é importante: devo preocupar-me é com a minha própria decisão diante do chamado de Jesus.
No trecho do Evangelho de hoje, as desculpas apresentadas por aqueles “candidatos” a discípulos de Jesus correspondem à vida dos judeus daquela época. As nossas, evidentemente são outras. Contudo, uma coisa têm em comum: o adiar. Costuma-se dizer que “Deixar para depois pode significar nunca!” Pode nos causar surpresa o fato de Jesus não concordar que um vá enterrar seu pai e outro vá despedir dos parentes. O coração do Mestre, que prega o amor, não seria contra esses gestos humanos, mas o que Ele quer é chamar-nos atenção para o valor que nós damos às escolhas. Por exemplo, chega o domingo, quando devemos nos unir em comunidade com os irmãos para celebrarmos a Santa Missa. Se de fato, damos valor a esse gesto de religião, deixamos para depois outros afazeres. Entretanto, se não damos, arranjamos pretextos “esfarrapados” para deixarmos de ir à Igreja. As coisas têm o valor que nós lhe damos. A parte espiritual deve ser colocada em primeiro lugar. (Lc 9, 57-62)
