A parábola contada por Jesus mostra que Ele sabia que nem todas sementes lançadas iriam germinar. Mas o semeador tem que semear, o anunciador do Reino tem de anunciá-lo. Não importa se o ouvem, se suas palavras tem repercussão, se grandes multidões se convertem. Seu compromisso é com a missão, não com seu êxito. Semeia e confia no poder do dono da plantação.
Jesus, com a explicação dessa parábola, aponta-nos o que acontece conosco após termos ouvido, lido e meditado a Palavra de Deus. Alegres fazemos nossos propósitos e saímos dispostos a sermos fiéis a eles. É a hora do fervor, quando nos sentimos confiantes porque tudo vai bem em nossa vida. Mas, de repente, eis que somos atingidos pela tempestade das dificuldades: a perda de um parente próximo ou do emprego, a descoberta de uma doença grave em nós ou naqueles que estimamos… É a hora em que a plantinha da nossa fé corre perigo, e, muitas vezes, no lugar de fortificarmo-nos com orações redobradas e a meditação da Palavra, afastamo-nos de Deus, como se Ele tivesse culpa dos problemas que nos atingem. Esquecemo-nos de que todos nós passamos por dificuldades e que nosso corpo pode adoecer ou morrer, porque é frágil. Para que a semente de Deus dê fruto em nós e perseveremos, só há um caminho, o caminho da oração e da meditação da Palavra de Deus. (Lc 8, 4-15)
