Os adversários de Jesus não admitiam de modo algum que um homem pudesse ser Deus. Essa certeza era religiosa, mas não vinha de Deus, fechava-lhes a inteligência e o coração. O mesmo pode acontecer conosco. A fé deixa-nos abertos para acolher a novidade que vem de Deus. O preconceito religioso, porém, que é apenas uma certeza humana, quer impor a Deus nossas ideias.
Todos temos momentos mais difíceis em nossa vida. Faz parte de nossa condição humana. Assim o profeta, que anuncia em nome de Deus, suporta as perseguições que lhe são feitas. Ele se deixa guiar pelas coisas de Deus e não se abala com as atitudes que lhe são contrárias. O cristão deve ser como Jesus: fiel até o fim, mesmo com toda oposição recebida. Nossa fé em Cristo, se é sincera, faz-nos abertos uns para com os outros e para com a Comunidade. A fé autêntica não teme as novidades de Deus em nossa vida. Quando faltar abertura e diálogo entre nós e na Igreja, não construiremos nada. As atitudes farisaicas não podem ter lugar em nós. (Jo 10, 31-42)