Lemos tantas vezes essa passagem, mas devemos perceber que acompanhar Jesus não nos livra de todas as dificuldades. Ele nos garante a verdade de suas palavras e promessas, que nunca nos deixará sós. Mas teremos de carregar a nossa cruz e também remar na barca. Haverá tempestades e perigos, e teremos de enfrentar o medo enquanto parece que Ele dorme sem se importar.
Todos nós passamos por grandes tempestades: a morte súbita de um parente, de um grande amigo, de um colega; a perda do emprego; a necessidade de ter de ficar em casa em isolamento ou no hospital junto a uma pessoa da família, e tantas outras situações inesperadas que modificam o curso de nossas vidas. Vejamos o exemplo de Jesus na hora do momento de uma grande adversidade: o barco estava para afundar, mas Ele continuava tranquilo, dormindo! Assim também devemos ficar nos momentos difíceis. Saber que o Mestre está conosco conforta-nos o coração e ilumina-nos a mente. A tempestade não passa logo, mas nossa inteligência, à luz de Deus, encontra soluções que, antes, nem imaginaríamos. Reflitamos que, quando vem as dificuldades, não é Deus que está nos castigando, tampouco permitindo-as por causa dos nossos pecados. As dificuldades da vida, sejam elas quais forem, vêm da limitação de nossa existência, da fraqueza da nossa natureza. Orar ao Senhor da Messe é pedir a Ele força para lutarmos. (Mt 8, 23-27)