Iluminados por nossa razão e pela fé, temos de saber julgar entre o certo e o errado. Não é esse julgamento que Jesus condena. O que não podemos é julgar a intenção das pessoas, guiados por preconceitos, supondo maldade em seu coração. Só Deus sabe o que realmente está no coração humano. Jesus nos pede que tenhamos profundo respeito uns com os outros, e que nossas críticas sejam justas, fraternas e ajudem os irmãos crescerem na vida.
Os conselhos que Jesus, Deus e Homem Verdadeiro, dá-nos hoje são, sem dúvida, fruto da vida em comunidade que Ele experimentou durante cerca de trinta anos em Nazaré, onde viveu com seus pais. Certamente, o Senhor observa como somos apressados em fazer julgamento sobre as pessoas somente pela aparência. Entre tanto, Ele vai mais além: condena julgamentos que acolhemos como certos ao ver as limitações e fraquezas de nossos irmãos. O comportamento correto nos levaria a uma aproximação respeitosa com eles, para sentirmos se é, de fato, o momento de uma correção fraterna. Se não for, dentro de nosso coração, desculpemos aquele irmão e rezemos por ele, pois não sabemos o motivo dele ter procedido de uma maneira que não nos agradou. Nosso Mestre, em sua infinita sabedoria, afirma-nos que costumamos julgar mal as pessoas porque temos os mesmos defeitos que enxergamos nelas. Por isso Ele nos diz: “Por que olhas a palha que está no olho do teu irmão e não vês a trave que está no teu?… Hipócrita! Tira primeiro a trave de teu olho e assim verás para tirar a palha do olho do teu irmão”. (Mt 7, 1-5)