A presença de Deus na caminhada do povo é sempre manifestação de vida, libertação e esperança. Com o direito do repouso, o Senhor mostra que não fomos criados para a escravidão, mas para cuidar da terra e cultiva-la como seus colaboradores. Quando a vida e a dignidade das pessoas não são o centro da Lei, esta certamente se transforma em instrumento de opressão nas mãos de um pequeno grupo. Jesus não desrespeita a Lei, mas dá a ela o pleno cumprimento. Os discípulos se saciam, o homem da mão seca é curado. Porém, o coração daqueles “alguns” que o observavam não foi capaz de entrar na lógica da Vida, e eles procuravam prender Jesus. O coração humano e a natureza sofrem com a desarmonia do estilo de vida atual.
Precisamos reconquistar o equilíbrio, afim de não nos deixar vencer pelas aflições, situações de apuros e perseguições, mas testemunhar com força a libertação que Cristo nos trouxe com sua paixão, morte e ressurreição. O repouso nos permite refazer as forças para seguir em frente com mais coragem, qualidade de vida e solidariedade. (Mc 2, 23-28)