Jesus exigia de seus discípulos disponibilidade total para anunciar o Reino de Deus, de aldeia em aldeia. Ele e os que o seguiam não tinham morada certa e, às vezes nem tinham tempo para comer, conforme está escrito no Evangelho de Mateus capítulo 6: “Jesus disse-lhes: Vinde à parte, para um lugar deserto e descansai um pouco. Porque eram muitos os que iam e vinham e nem tinham tempo para comer”. Mas Jesus nos ensina que não obstante tanto trabalho, não se pode deixar de rezar, afim de não se cair no ativismo doentio, ou seja, de anunciar o Evangelho de tal forma que não se tenha tempo nem para rezar. É ação sem oração. Seria como um motorista muito apressado que não quisesse parar e reabastecer seu carro com combustível. Sem Deus, nada podemos. Seguindo no texto que meditávamos, acrescentou o evangelista: “Imediatamente Jesus obrigou os seus discípulos a subirem na barca, para que chegassem antes dele à outra margem, em frente de Betsaida, enquanto ele mesmo despedia o povo. E despedido que foi o povo, retirou-se ao monte para orar!” (Mt 8, 18-22)
“Monge”