Jesus nos evangelhos aparece também como exorcista poderoso, que consegue por ordem nas desordens que o Maligno, conhecido pelas forças contrárias a Deus e ao ser humano, causa na humanidade e na natureza. O encontro com Jesus gera vida, sanidade e vontade de continuar sob os cuidados daquele que liberta das correntes e dos espíritos que humilham e subjugam a liberdade e o coração humano. A experiência da libertação gera fé e desejo de seguimento. O homem queria ficar com Jesus. Contudo, a fé, além do seguimento, exige também o anúncio do nome de Jesus e das maravilhas de Deus. Jesus o remete para essa dimensão da fé: “Vai para casa, junto dos teus e anuncia-lhes tudo o que o Senhor, em sua misericórdia, fez por ti”. O homem prega e causa admiração. Não nascemos para circularmos entre túmulos e cemitérios, no reino da morte e da submissão, mas para tomarmos lugar no círculo da vida e da convivência, em que cada um constrói sua identidade na relação sadia com os outros e com Deus. (Mc 5, 1-20)
“Monge”