Para que as famílias, graças a uma vida de oração e de amor, tornem-se cada vez mais “laboratórios de humanização”.
Papa Francisco é um homem de família. Nasceu de pobres trabalhadores migrantes da Itália natal para a vasta Argentina. Ele mesmo, antes de entrar para a Companhia de Jesus, foi trabalhador. E, numa idade em que tantos estão aposentados, ele continua a cumprir a dura agenda de seu oficio de pastor universal da Igreja de Deus, Rebanho do Cordeiro. Ele conhece bem as lutas de uma família, os desafios que todas famílias enfrentam para manter-se unidas, em particular as mais pobres, como as que ele visitava, amparava e evangelizava nas “barriadas” (favelas) de sua cidade episcopal, Buenos Aires. Gilberto Freire, um dos grandes sociológicos e escritores brasileiros, escreveu uma obra magistral, sempre lembrada e reimpressa: “Casa Grande e Senzala”. Nas “casas grandes” habitavam os proprietários de escravos e terras, e nas senzalas, nos fundos, se apertavam os escravos. Hoje em dia, ao lado de edifícios majestosos, encontram-se as favelas, que alguns insistem em chamar de “comunidades”, que tanto sofrem com o desemprego, os criminosos prepotentes, a polícia, a falta de serviços públicos próximos e efetivos.
As famílias sofrem, mas o Papa chama a nossa atenção para elas, “laboratórios de humanização”. É nas famílias que resiste e insiste, que nasce e se forma “gente gentil”, gente capaz, gente trabalhadeira. Numa boa família há harmonia afetiva e as crianças e jovens são “vacinadas” contra os vícios. Eles aprendem, pelo ambiente amoroso, a querer bem uns aos outros, também dos mais velhos. E aprendem a rezar, no colo da Mãezinha, no abraço do Paizinho! Rezemos pelas famílias! A humanidade precisa delas! E que as famílias acolham os que não conhecem um lar, ou que perderam seus lares!
