A Sagrada Liturgia nos ensina que não devemos julgar os outros pelo exterior: raça, religião, classe social etc. Só assim pode haver clima para nascer a verdadeira fraternidade. A primeira condição é convencermo-nos de que fomos criados por Deus e, portanto, somos todos iguais. Mas como o orgulho está na raiz do nosso ser, se não cuidarmos, começamos a achar que somos melhores do que os outros. Daí nasce a divisão, a arrogância, o desprezo. Isso, talvez, por termos mais diplomas, nossa família possuir muitos bens e olhamos para os que não puderam estudar ou são pobres, com ares de superioridade. Ora, a verdadeira sabedoria (que não tem preço) está em “fazer o bem sem olhar a quem”. Na história contada por Jesus, o fariseu se achava melhor que o publicano (que arrecadava impostos para os romanos) unicamente pela profissão que exercia. Olhava, portanto, só o exterior. Por isso o que ele apresenta a Deus, todo orgulhoso, são atos externos: jejuar, e pagar o dízimo, ao passo que o publicano oferecia a Deus seu coração arrependido. (Lc 18, 9-14)
“Monge”