Tenho que rever continuamente minhas motivações e ver o que de fato me leva a fazer o bem. Minhas melhores obras perdem todo seu valor se eu for levado pelo orgulho, pela vaidade ou por interesses egoístas. E tenho que tomar cuidado, porque essas motivações venenosas são sutis e muito fingidas. Acho que mais vezes vou parar e me perguntar o que de fato está me movendo.
Jesus nos dá uma série de exemplos sobre quem finge ser piedoso, cuja preocupação é aparecer. Ora, a piedade é uma virtude que se caracteriza pela modéstia. Quem chama atenção quando reza ou exerce qualquer função na comunidade, acaba caindo no ridículo e, em vez de edificar as pessoas, escandaliza-as. Quando, porém, a pessoa não faz alarde do dever cumprido e só se preocupa em fazer bem o que tem de fazer, mesmo que ninguém veja, exala qual perfume sua virtude, pois realiza tudo por amor a Deus. O verdadeiro amor é gratuito. Lembremo-nos do amor de nossas mães, que cumprem seu dever de mãe porque amam seus filhos, sem esperar recompensa por isso. O culto ao Senhor não é teatro! (Mt 6, 1-6.16-18)
