É comovente verificar como a fé daquelas pessoas era grande. Não mediam esforços e sacrifícios para recuperar a saúde, própria ou de seus entes queridos. De toda parte, doentes eram carregados em leitos por caminhos mais difíceis dos que os de hoje, em sua maioria, debaixo de sol ou frio, e as pessoas revezavam-se para aguentar o peso dos fardos. Outros, apoiados em cajados e bordões pela dificuldade em andar, enfrentavam as distâncias e pacientemente caminhavam até Jesus. Não os desanimava o tempo que levariam para chegar até o Messias. Mulheres, afoitas e corajosas, carregando seus filhos, talvez tendo de descansar à beira dos caminhos, de dia e de noite. Todos e todas confiavam e acreditavam em Jesus. Sua fé era tanta que bastava tocar na orla das vestes do Mestre para que fossem atendidos, sem precisar dizer o milagre que buscavam. Eles sabiam que Jesus conhecia seus corações, e isso era o bastante. Certamente, se vivêssemos naquele tempo, faríamos o mesmo. No entanto, o mesmo Jesus em pessoa, como na Palestina, está realmente perto de nós na Santa Missa; mas que importância lhe damos? Afinal, que fé temos? (Mc 6, 53-56)
“Monge”