Sexta, dia 13 de outubro de 2017, quando cuidava do meu jardim, sem perceber, coloquei minha mão sobre um vespeiro que estava se formando em um galho de árvore que estava em cima de minha roseira. Quando senti suas picadas em meu rosto, saí correndo e me estapeando para espantá-las. Levei seis picadas, três no rosto e três na mão esquerda. Imediatamente fiquei todo inchado. Foram três dias com muito inchaço e dor.
No domingo, já com o rosto mais desinchado, mas ainda dolorido, fui à missa das 8 da manhã. Ao sair da missa, recebi o Jornal Terceiro Milênio que recebemos mensalmente em nossas paróquias. Folheando o jornal ali mesmo, na porta da Igreja, fixei meus olhos numa mensagem com o título: “Sei que estou mexendo em vespeiro. Mas quem então falará”? Onde o autor questiona a maneira que a maioria das pessoas estão criando seus filhos, mencionando uma festinha de aniversário de um jovem de “dezessete anos”, na casa de um amigo seu, onde rolava bebida alcoólica a vontade, um som funk pornográfico e os meninos e as meninas dançavam completamente embriagados. Eu, que havia colocado a mão num vespeiro de verdade na sexta feira, fiquei assustado e me lembrei que muitas vezes, em meio ao sofrimento, em meio a dor, nas tempestades da vida, através da Bíblia, Deus tem falado comigo, e pensei, quando chegar em casa vou abrir a Bíblia sem escolher a página, para saber o que Deus quer me mostrar com tudo isso que está acontecendo.
Ao chegar em casa, abri a Sagrada Escritura que caiu em Provérbios, capitulo 4, que fala sobre a “Formação Familiar”. Juntando o que Deus me falou através da Bíblia, o texto do jornal e mais um texto que caiu em minhas mãos através da internet, (O não de Eloá), senti uma dor forte no peito ao recordar a passagem mais triste e dolorida que tive na vida. Foi quando, pela falta de bons exemplos, por causa da bebida alcoólica e por falta de um “não”, perdi meu filho querido com apenas “dezessete anos de vida”, num acidente de carro.
Concluí então que Deus quis me mostrar a maneira errada que criei meus filhos, sempre dando maus exemplos, bebendo muito, e quase sempre, dirigindo embriagado. Caminhando assim, por uma trilha de morte e não de vida.
Mas, Deus é amor e não se alegra com nosso sofrimento. Por isso quando nos arrependemos de nossos erros, de nossos pecados e procuramos através de um sacerdote, pedir perdão. Ele nos perdoa e assim podemos recomeçar nossa vida. Foi o que fiz há dezenove anos atrás, me toquei, percebendo a vida errada que levava e decidi mudar. Abandonei com a ajuda de Deus, o vício do álcool, e iniciei a luta para me converter e seguir Jesus aqui na terra.
Com o passar do tempo, consegui superar a falta do álcool e me transformei num novo homem, um homem que seguindo a Bíblia, procura fazer a vontade de Deus aqui na terra, para poder assim dar bons exemplos. Hoje sou um homem feliz, mas muito preocupado ao ver que a maioria das crianças, inclusive as de minha família, estão sendo criadas da mesma maneira que criei meus filhos, com muitos maus exemplos e com muitos “sins” e poucos “nãos”. Não estarão elas também correndo riscos?
PODE SER DURO CONSERTAR UM ERRO, MAS ISSO SEMPRE VALE A PENA SE NOS LEVAR DE NOVO PARA PERTO DE DEUS!
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