“Em um acesso de cólera volvi de ti minha face. Mas no meu eterno amor, tenho compaixão de ti. Vou fazer hoje como no tempo de Noé; tal como jurei então que o dilúvio de Noé não mais se abateria sobre a terra, do mesmo modo faço juramento de não mais me irritar contra ti, e de nunca mais te atemorizar. Mesmo que as montanhas oscilassem e as colinas se abalassem, jamais meu amor te abandonará e jamais meu pacto de paz vacilará, diz o Senhor que se compadeceu de ti.” (Is 54, 8-10)
O Édem, habitação do primeiro casal, era perfeito, mas o homem foi traído pela sedução do Maligno. Desde então, mesmo escondendo-se, o Senhor vai a sua procura, perguntando: “Onde está você”? (Gn 3.9).
A Bíblia é a carta do amor de Deus, endereçada a todos nós, homens e mulheres; é o livro do amor divino, no qual Deus quis revelar-nos seu amor. É por meio desse livro que vamos conhecendo a Deus, por sua revelação, e conhecendo o seu amor paterno e pessoal, para com todos os seus filhos. Em (1Jo 4,16), nós lemos: “Nós conhecemos e cremos no amor que Deus tem para conosco. Deus é amor.”Somente existe amor, onde existe conhecimento, revelação do amor.
A Bíblia fala da crescente revelação do amor de Deus, na história do povo de Israel, em primeiro lugar, em segundo, por meio de seu filho Jesus Cristo. Conhecer o amor de Deus é conhecê-lo em Jesus Cristo. Deus Pai, para nos dizer o quanto nos ama, não encontrou outra expressão melhor do que enviar ao mundo seu Filho Unigênito, para que, crendo nele, tenhamos a vida eterna. Falando dessa revelação amorosa do Pai, em Jesus, São Paulo nos escreveu: “Ele, Cristo é a imagem do Deus invisível; aprouve a Deus fazer nele habitar toda plenitude; nele habita corporalmente toda plenitude da divindade.” ( Cl 1, 15.19.,2,9). “Eu e o Pai somos um.” (Jo 10,30).
Deus quis que seu filho assumisse uma natureza humana igual a nossa, exceto no pecado, para nos transmitir de forma compreensível e infinitamente perfeita o seu amor. ”E sabemos que não existe maior prova de amor do que dar a vida pelos que amamos.”(Jo 15,13). Assim o amor de Deus por nós é um amor que leva Jesus a morrer por nós, a nos remir de nossos pecados, sem mérito nenhum de nossa parte, mas apenas e simplesmente, como puro dom de amor,
E Jesus nos dá o maior de todos os mandamentos: “Este é o meu mandamento: amai-vos uns aos outros, como eu vos amo”. É este amor que vamos conhecendo e nos deixando envolver por ele, que nos ajuda a vencer as dificuldades da vida presente, enquanto caminhamos para posse da vida futura e da comunhão eterna com Deus. Por isso, São Paulo em sua carta aos romanos cap. 8, 38-39 nos diz: “Pois estou persuadido de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem o presente, nem o futuro, nem as potestades, nem as alturas, nem os abismos, nem outra qualquer criatura nos poderá apartar do amor que Deus nos testemunha em Cristo Jesus, nosso Senhor.”
“Se Deus é por nós, quem será contra nós”? Deus tomou partido do homem e da mulher de toda nação raça ou religião, em um ato de amor do qual nada nem ninguém poderá nos separar, e que vai além da morte, pois é penhor de ressurreição. No salmo 92,5 está escrito: “Vossas promessas são sempre dignas de fé, e a vossa casa, Senhor, é santa na duração dos séculos.”
Hoje o convite de Deus para reconciliar-se com ele chega a você. Jesus entregou sua vida para que isso fosse possível. A fidelidade de Deus jamais será abalada. O mundo precisa de mudanças e mudará, dependendo da sua resposta.
