O Evangelho de hoje descreve uma disputa relacionada às normas da pureza, precisamente o lavar as mãos antes das refeições; o que hoje é regra de higiene, na época era preceito religioso. Alguns discípulos de Jesus não cumpriam essa norma, talvez de propósito, o que gerava críticas dos fariseus e mestres da Lei.
Fundamentado na profecia de Isaías, Jesus denunciou a hipocrisia de seus adversários: “Este povo me honra com os lábios, mas seu coração está longe de mim”. De fato, uma religião falsa, marcada por ritos estéreis, não pode ser agradável a Deus. O que conta para Jesus de fato, não são os fatores externos, mas o interior, o que sai do coração. O ser humano, portanto, não se torna impuro quando deixa de cumprir uma norma, mas quando cultiva no coração sentimentos como a inveja, as maldades, o orgulho, o ódio, a ambição e tudo o que não contribui para o bem do próximo. Por isso, Jesus denunciou e rejeitou práticas culturais e doutrinas acompanhadas de corações distantes de Deus. (Mc 7, 1-8.14-15.21-23)
“Monge”