As irmãs gostavam de Jesus. Marta mostrava seu amor fazendo tudo para o acolher bem. Maria queria ouvi-lo; era assim que lhe mostrava seu amor. Jesus apreciava a dedicação de Marta, mas o que mais queria era que todos, como Maria, prestassem atenção ao que ele ensinava. Não sei porque, mas penso que Jesus quer mesmo é que lhe mostremos nosso amor, sendo ao mesmo tempo Marta e Maria.
Este Evangelho retrata a situação de nossos dias. De manhã à noite, andamos apressados para não perdermos a hora, para chegarmos a tempo, não perdermos o transporte etc. A tecnologia nos leva a também sermos exigentes com amigos, para que respondam logo às nossas mensagens. Tudo isso nos coloca em uma roda-viva que nos leva a ter pressa, muita pressa; e, dessa maneira, enchemos nossa vida de muitas ocupações. Jesus, porém, conforme se pode ler no Evangelho, assim responde a Marta: “Andas muito inquieta e te preocupas com muitas coisas, no entanto, uma só coisa é necessária, Maria escolheu a boa parte que não lhe será tirada”, que é ouvir Jesus falar. Ele nos fala por sua Palavra, pelas diversas situações da vida que nos vem ao encontro e pelos irmãos que não conseguem falar conosco por estarmos sempre ocupados. Se queremos, arranjamos tempo para ouvir Jesus falar; tudo depende do valor que damos à oração. Rezar e meditar é a chave para termos serenidade e paz interior, que devem nortear nossa vida em Jesus em tudo o que fazemos. (Lc 10, 38-42)
“Monge”