A liturgia dominical põe em tela uma polêmica discussão acerca do matrimônio e sua indissolubilidade. No âmbito do processo de formação discipular, Jesus evoca solenemente as palavras que remontam à vontade originária de Deus e descortina a maldade, de quem deseja divorciar-se: “Foi por causa da dureza de vosso coração, que Moisés escreveu esse preceito”. De fato o desejo do Pai era que o homem se unisse a uma mulher para, com ela, formar uma só carne, isto é, uma unidade indissolúvel, de sorte que o “que Deus uniu, o homem não separe”. Em seu sentido originário, o casamento é, pois um pacto de amor e fidelidade, que deve ser preservado íntegro até o fim. Por isso repudiar a mulher e unir-se a outra, implicaria em rompimento da aliança matrimonial, que fora selada pelo vínculo do amor e pela força da benção de Deus; algo que, por sua magnitude, apenas a morte poderia de fato dissolver. (Mc 10, 2-16)
“Monge”