Passada a Solenidade do Nascimento de São João Batista, a Sagrada Liturgia retoma o Evangelho de São Mateus, relatando os acontecimentos do Mistério de Jesus na Galileia, que vão do oitavo ao décimo oitavo capítulos. Nunca nos esquecemos de que esse Evangelho foi escrito dirigindo-se aos judeus, para que, ouvindo-o, convertessem-se ao Reino de Amor, trazido por Jesus à Terra. Hoje, é narrada a cura de um leproso. Ora, os judeus não se aproximavam dos leprosos por motivo de saúde e de religião. O autor quer fazer entender que Jesus tem autoridade para se libertar daquelas prescrições desumanas, que deixavam os pobres doentes, entregues à própria sorte, em nome da Lei. Jesus dava mais importância para livrar aquele pobre homem da enfermidade do que obedecer as regras religiosas. Por sua vez, já corria entre os leprosos, a consoladora notícia de que podiam se aproximar de Jesus sem seguir as normas de tocar o sino a distância. Está escrito no Evangelho que “Um leproso aproximou-se e prostou-se diante dele, dizendo: Senhor, se queres podes curar-me”.
Diante da fé daquele homem, “Jesus estendeu a mão, tocou-o e disse: Eu quero, sê curado”. (Mt 8, 1-4)
“Monge”
