“Sede perfeitos como é perfeito vosso Pai do Céu”. A medida de perfeição não é aquela que quero, ou que julgo dar conta. A medida é o Pai. Não vale amar uns e odiar outros. O Pai não age assim. Para ser filho do Pai, é preciso “parecer” com o Pai.
Quando Jesus diz: “Amai vossos inimigos, fazei bem aos que vos odeiam, orai pelos que vos maltratam e perseguem”. Ele supõe que estejamos amando o nosso próximo. E quem é o nosso próximo? Para os casados, o marido e a mulher; para os pais, os filhos; para os patrões, os empregados e vice-versa. Ora, o amor aos inimigos implica primeiro que nos amemos uns aos outros em casa, no trabalho, nas várias comunidades que frequentamos etc., e é preciso pedir muito a nosso Senhor que nos abençoe com seu amor, para que verdadeiramente amemos as pessoas com quem vivemos todos os dias. Porque? Porque não há duas pessoas iguais no mundo inteiro. E aí reside a dificuldade básica e fundamental para de fato amarmos nosso irmão, irmã: aceitarmos sua educação, sua formação, seus gostos pessoais… Em outras palavras, aceitar-mo-lo como ele ela é, e não como gostaríamos que fosse! Talvez por causa disso tantos casamentos acabem logo. Amar é respeitar o outro. Ser feliz é tornar o outro feliz!
(Mt 5, 43-48)
“Monge”