O Pai, ao realizar a História da Salvação no meio de nossa história humana, escolheu homens e mulheres que responderam a seu desígnio. Mas a humanidade, às vezes, preferiu seguir seus caprichos, e não escutou a voz de Deus. Rejeitaram até seu próprio Filho, chamando-o de “comilão e beberrão”. Tanto ontem como hoje, é preciso coragem para seguir a Cristo e não arrumar desculpas que não convencem nem a si próprio.
Ontem, meditamos sobre a diferença entre o Reino dos Céus durante a Antiga Aliança, em que o povo obedecia ao Senhor porque tinha medo dele, e na Nova, em que Jesus nos veio ensinar que não lhe agradava ser servido por causa de castigos, e ensinou-nos a servi-lo por amor. O trecho do Evangelho de hoje volta ao mesmo assunto. O Mestre condena as pessoas que não se converteram a Deus no tempo do terror, nem na era do amor. São João Batista não comia, nem bebia, e os que não queriam se converter davam como desculpa para não fazê-lo, que João estava possesso por um demônio. Veio Jesus, o Messias tão esperado pelos judeus, que comia e bebia, e também não haviam acolhido em seu coração a Palavra de Deus, porque alegavam que ele não passava de um comilão e beberrão, amigo dos publicanos e dos pecadores. Vemos que São João Batista e Jesus Cristo seguiram por caminhos diferentes, mas ambos buscavam incutir no povo a idéia de sair da vida de pecado para a vida da amizade com Deus. Peçamos ao Senhor que nos dê coragem para nos comprometermos com os ensinamentos de Jesus. (Mt 11, 16-19)
