O Senhor nos adverte sob a cobiça dos bens materiais e passageiros. Leva-nos a pensar não no que é provisório, mas nos bens que duram para sempre. Enriquecer-se da graça de Deus e de sua misericórdia é o que nos dá a paz. Os bens materiais, por mais legítimos que sejam, não nos confortam plenamente. A vida organizada na competição e na tensão de possuir mais e mais não nos dá a paz e a felicidade. Usar os bens criados por Deus para viver com dignidade sim, mas nada para além dela.
Jesus nos previne contra a avareza e a ganância. Por toda parte, a divisão de bens pode criar inimizades e até violência.
Procurado para servir de árbitro na repartição de uma herança, Jesus se nega a intervir e aproveita a oportunidade para nos dar uma lição de como devemos gerir nossos bens. A abundância de dinheiro é uma armadilha, pois leva quem o possui a colocar toda sua esperança nele, e o que deveria ser um meio, passa a se tornar um fim. Nossa vida não depende de nossas riquezas, mas está nas mãos de Deus. O sentido adequado para o dinheiro, está na partilha com aqueles que dele precisam. Jesus nos avisou: “Que servirá a um homem ganhar o mundo inteiro se vem a prejudicar a sua vida?” (Lc 12, 13-21)