Jesus não respondeu à curiosidade de quem perguntou sobre o número dos que se salvam. Preferiu dizer o que é importante: quem quiser salvar-se deve esforçar-se. A dificuldade da salvação não vem de Deus, mas de nós, de nossas más inclinações, do ambiente que nos rodeia, das atrações da vida. Temos de estar prontos a sacrificar tudo, pondo Deus em primeiro lugar em nossa vida. Imagino que a “porta estreita” é fazer o que ninguém acha mais que compensa, como visitar e ajudar os doentes, os pobres e necessitados.
O chamado à santidade é universal. A partir do batismo, quando professamos a fé pela primeira vez, assumimos o compromisso de entrar pela “porta estreita”, como exorta Jesus, sabendo que “muitos procurarão entrar e não conseguirão”. Jesus deixa claro que não existe um caminho paralelo, e que essa porta exige de nós adaptação e desprendimento de tudo o que não atinge a proposta de Deus. Os santos entenderam bem esta linguagem e procuraram caminhar lado a lado com Jesus. E conseguiram. (Lc 13, 22-30)