“Se vocês não perdoarem (os outros) também seu Pai que está nos céus não perdoará os seus pecados”. (Mc 11.26)es
Quem perdoa quebra a corrente motivadora da discórdia alguém já disse. Perdoar não é um ato isolado, mas repetitivo, constante. É o que Jesus respondeu a Pedro, quando este perguntou quantas vezes se deveria perdoar uma pessoa. Pedro arriscou citar um limite: perdoar até sete vezes? Jesus respondeu com um outro limite: “Não até sete, mas até setenta vezes sete”. Ou seja, 490 vezes! Jesus não está dizendo aqui que deveríamos fazer um registro de contabilidade, anotando quantas vezes perdoamos cada um que nos ofende. O que ele ensinou é que devemos perdoar sempre e não considerar mais o assunto.
Talvez seja esse o nosso problema com o perdão. Dizemos que “perdoamos”, mas ao mesmo tempo fazemos o nosso controle “contábil”. Deus, assim nos ensina a Palavra, perdoa e esquece: Eu lhes perdoarei a maldade e não me lembrarei mais dos seus pecados (Jr 31.34), declaração que é repetida pelo autor da carta aos Hebreus (Hb 8.12). Porém, o perdão que Deus nos promete está intimamente ligado ao perdão que nós concedemos aos nossos devedores ou aos que nos ofendem, (vejam o versículo inicial). Isso nem sempre é fácil, porque o pecado que há em nós nos inclina para a vingança e ao orgulho, e quem segue estas características não consegue perdoar, não agrada a Deus e seu fim será desastroso: O orgulho vem antes da destruição; o espírito altivo, antes da queda, (Pv 16.18).
Portanto, convém lembrar e colocar em prática o pedido inserido na oração ensinada por Jesus, o Pai-Nosso: “Perdoa as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores”. Mt 6.12)
LOUVADO SEJA NOSSO SENHOR JESUS CRISTO!