O pecado afetou as faculdades superiores do homem, não as destruiu, mas diminuiu sua capacidade natural de se decidir pelo bem. A inteligência ficou em parte, obscurecida e enfraquecida pelo pecado. Se vê bem as coisas de Deus, vê também com clareza as coisas do mundo que podem afastá-lo do Criador.
Além da inteligência, o pecado também afetou a vontade humana. Esta também não escapou das conseqüências do pecado. O desejo de querer o bem é, por vezes, subjugado ao querer o mal. São Paulo exprimiu, de forma exata, este pensamento, escrevendo: “Não faço o bem que eu quero, mas o mal que não quero.”(Rm 7, 19). O homem sente em si a lei do bem, mas termina por realizar o mal, que ele mesmo detesta e aborrece.
O pecado é o rompimento de comunhão de vida e amor com Deus e conseqüentemente, um confinamento do homem dentro de seus pobres limites e forças debilitadas. Separado de Deus, por um ato de livre de sua vontade, o homem deseja atingir seu fim, fora de Deus. “Sente-se, então,” qual ramo separado da videira”(Jo 15, 4); “como a ovelha separada do rebanho”(Lc 15, 4).
Por aí, vemos que o pecado é uma força de ruptura, ruptura com sua fonte que é Deus; em conseqüência, tudo se desarmoniza: a harmonia consigo mesmo, com os outros e com as coisas criadas. Somente a busca da crescente comunhão com Deus-Criador e Redentor restabelece a harmonia do homem com todos os pólos do seu equilíbrio.
Assim como pela desobediência de um só homem, foram todos constituídos pecadores, assim pela obediência de um só todos se tornarão justos.(Rm 5, 19)
Criado por Deus, o homem se afastou dele e foi expulso do Paraíso. Mas Deus prometeu que o traria de volta para perto dele, enviando seu próprio filho. “Porque aprouve a Deus fazer habitar nele toda a plenitude e por seu intermédio reconciliar consigo todas as criaturas, por intermédio daquele que, ao preço do próprio sangue na cruz, restabeleceu a paz a tudo quanto existe na terra e nos céus.(Cl 1. 19-20).
Após a desobediência de Adão e Eva, a imagem divina foi corrompida, mas o Pai está sempre à procura de suas criaturas e deseja transformá-las para que se tornem uma imagem de Cristo. (Rm 8.29).
Jesus recomenda a oração constante, para nos libertar do pecado quando diz: “O demônio anda ao redor de nós, buscando a quem devorar, precisamos resistir na fé”.
A oração è a arma mais poderosa que dispomos na luta contra o pecado, através dela Jesus vem nos socorrer, nos levantando e ajudando-nos a sair de uma situação de pecado.
Em Jesus, a paz entre Deus e o homem é restabelecida e um relacionamento íntimo se inicia. Agora é tudo novo!