Autor -Reinaldo

Os ouvintes de Jesus tinham que tomar uma decisão. Ou se deixavam conquistar por suas palavras e pelo poder que demonstrava, ou encontravam muitos motivos para não acreditar. Deviam decidir-se livremente. Jesus era conhecido e admirado, muitos falavam dele e procuravam-no. Quem o conhecia, ouvia suas palavras e via o poder que demonstrava, falava dele e queria partilhar com outros sua descoberta. Se cheguei a conhecer Jesus, se ele se tornou importante para minha vida, preciso anunciá-lo a outros. Como os discípulos que enviava para...

Na sinagoga de Nazaré, Jesus lê a passagem de Isaías (61, 1-2). É um retrato do Messias e de sua missão libertadora. Tudo decorria tranquilamente, até que Jesus surpreendeu a todos aplicando a si o que acabara de ler: “Hoje se cumpriu essa passagem da Escritura”. Houve cochichos e comentários. Sua missão está traçada: ele conquistará multidões de pobres e marginalizados para o Reino de Deus, porém será acompanhado pela inseparável sombra da perseguição. (Lc 4, 16-30)

Jesus aproveita um acontecimento como pretexto para expor seus ensinamentos. Aparece aqui a oposição dos fariseus aos hábitos de Jesus e seus discípulos à mesa. A crítica é que eles não estariam observando a pureza, estabelecida pela Lei antiga. Jesus transfere a sede das decisões do exterior para o coração. É do coração que procedem as maldades que causam tanto mal. A lei do puro e do impuro sobrecarregava o povo de um fardo insuportável. Assim como do coração impuro brota o pecado, do coração puro brota a solidariedade...

O Senhor nos criou em seu amor e infundiu em nós muitos dons. Somos suas criaturas e dele recebemos tudo o que somos. Ele espera que nos coloquemos a serviço da vida e que façamos o máximo a nosso alcance, conforme os dons que Ele nos concedeu. Os dons que o Senhor nos concede, portanto, devem ser multiplicados ao longo da vida. Do contrário, seria desatenção e falta de fidelidade às palavras de Jesus. Que não nos deixemos paralisar pelo medo, pois ele é péssimo companheiro tanto na caminhada como na espera do Cristo que vem...

O início da parábola é até gracioso. Logo, porém, vemos que fala de coisa muito séria. Lembra-nos como é tão breve nossa vida, e que não sabemos quando chegará nossa morte. E mais ainda, que não podemos prever nada com certeza, nem os perigos, nem as boas oportunidades. Convida-nos Jesus a estar sempre preparados e atentos para suas inesperadas passagens por nossa vida. Ninguém sabe o dia nem a hora do retorno de Jesus e os cristãos devem estar preparados, sempre atentos às palavras do Cristo. O apelo à vigilância serve para...

O relato da morte de João Batista revela o interior do poder e os interesses políticos capazes de atrocidades para com aqueles que se opõem às suas ambições e planos macabros. Herodes quer matar João, e realmente o faz, por uma questão fundamentalmente política: o testemunho e a eloquência de João eram tais que poderiam convencer o povo a se levantar contra o poder instituído. O fato revela os caprichos e as intenções da classe dirigente, a superficialidade na tomada de decisões das elites governantes. A vida humana é pisada...

Seguem os “ais” a respeito dos escribas e fariseus. Jesus os compara aqui como sepulcos caiados, bonitos e pintados por fora, mas por dentro, cheios de ossos e podridão. As lideranças se esforçam por parecer justas, mas, diante de Jesus, que conhece o interior das pessoas, não é possível disfarçar, pois suas ações não condizem com as ações e práticas externas. Ó Mestre Jesus, com vigor, censuras os que “por fora parecem justos para as pessoas, mas por dentro estão cheios de hipocrisia e injustiça”...