A parábola do rico e Lázaro aprofunda a questão da incompatibilidade entre o seguimento de Jesus e o serviço à riqueza. O apego a riqueza provoca esquecimento das mínimas relações de justiça para com o outro e insensibilidade com quem sofre, além da perda do sentido da própria vida. A riqueza não é sinônimo de felicidade, nem sinal de bênção de Deus, como também a doença e a pobreza não significam “castigo divino”. O que Jesus nos ensina é que seremos julgados conforme nossas escolhas. Qual é a melhor escolha...
Arquivo -fevereiro 2024
A caminho de Jerusalém Jesus anuncia, pela terceira vez, a paixão. Fala abertamente do que o espera: desprezo, zombaria, e crucificação. Fica claro o desprezo do povo de Israel e a vitória de Jesus sobre a morte. Ó Jesus, nosso Mestre, falas aos Doze sobre o desfecho de tua vida; eles porém, estão discutindo quem deles é o maior. Tu nos ensina Senhor, que, na tua comunidade, maior é o que serve a todos. E nós, será que entendemos? A Comunidade é lugar de serviço, e não de prestígio ou destaque. (Mt 20, 17-28)
O texto do Evangelho hoje reflete a polêmica entre a comunidade cristã e as autoridades judaicas. Eles atribuem a si autoridade de interpretar a Lei, no entanto, não procuram fazer a vontade de Deus, mas a própria vontade. Ó Jesus, nosso querido Mestre, convidas a multidão e teus discípulos a não imitar os doutores da Lei e fariseus, pois dizem, mas não fazem. Dá-nos, Senhor, a consciência de que tu és nosso único Mestre a seguir. (Mt 23, 1-12)
Como são desafiadoras estas palavras do Evangelho: misericórdia, não julgar, não condenar, perdoar, doar! O texto é a conclusão do que Jesus nos disse ontem no Evangelho sobre o amor aos inimigos, e tem como objetivo a construção de uma sociedade com propostas e valores diferentes dos agora praticados. Jesus nos diz: “Sedes misericordiosos, como também vosso Pai é misericordioso”. Sendo Deus sempre misericordioso conosco, assim também devemos ser uns com os outros, pois se o amamos, só podemos ser como Ele é, e...
Seis dias depois do primeiro anúncio da Paixão, Jesus se transfigura para anunciar sua gloriosa ressurreição. Moisés representa a Lei e Elias representa os profetas. Ó glorioso Jesus, nosso querido Mestre, sobre uma alta montanha, te transfiguras diante de alguns discípulos, mostrando-lhes que és o “Filho amado” do Pai. Concede-nos, Senhor, ouvidos atentos para te ouvir e sempre te seguir. (Mc 9, 2-10)
O Antigo Testamento propõe amar os amigos e as pessoas próximas; quanto aos inimigos, poderiam ser odiados. Jesus vai muito mais além, ao propor o amor aos inimigos como condição para se tornar filho (a) do Pai do céu, pois é assim que ele age conosco: trata-nos da mesma forma, independentemente da nossa vida. Agindo dessa maneira, o cristão tem um comportamento diferenciado e acima da média, ou acima do comportamento normal de todas as pessoas, que é o de retribuir na mesma medida. A perfeição no amor, a perfeição do Pai...
Para participar do Reino, Jesus pede muito mais do que o cumprimento externo da Lei; pede, acima de tudo, uma vida de coerência entre o que se crê e o que se pratica. Sem essa coerência é impossível fazer parte da nova comunidade que está se formando, e do Reino futuro. O texto conclui com um apelo à reconciliação, mais importante que a própria oferta diante do altar. A reconciliação é fundamental para participar da vida da comunidade e do culto, pois não se pode estar unido a Deus se não estiver unido aos irmãos. (Mt 5, 20-26)