A lei permitia acalmar a fome cortando espigas ao passar por um campo plantado, menos em dia de sábado. O sábado era, e ainda é, especialmente importante para a cultura e a religião judaica. No entanto, Jesus e seus discípulos caminham ladeando campos de trigo. Em dia de sábado, até os passos eram limitados, quanto mais colher espigas. Segundo a Lei, violar o sábado era falta grave. Ó Senhor, nosso Mestre, compreendes com benevolência e defendes teus discípulos que ao sentir fome, recolhem espigas para comer. De ti queremos...
Arquivo -janeiro 2024
Vieram dizer a Jesus: porque os discípulos de João e os discípulos dos fariseus jejuam, e os teus discípulos não jejuam? No Antigo Testamento e no tempo de Jesus, o jejum era sinal de tristeza ou de arrependimento, ou ainda era feito para obter um favor de Deus. Jesus é claro: não adianta colocar algo novo sobre algo velho, como o remendo novo em roupa velha. É preciso abandonar, jogar fora a roupa velha de nossos apegos, pecados e egoísmos. Se não nos deixarmos guiar pela verdade de Cristo, nunca vamos nos transformar de verdade. ...
Hoje o Evangelho nos apresenta o primeiro apelo vocacional. João Batista aponta o “Cordeiro de Deus” a dois de seus seguidores, aos quais Jesus pergunta: “O que vocês estão procurando?” Ó Mestre, ensina-nos a ser coerentes como João Batista, que não se apega a seus discípulos, mas indica-lhes o único caminho a seguir, que és tu mesmo. Acolhe também a nós entre teus seguidores. (Jo 1, 35-42)
Os arrecadadores de impostos ou publicanos eram considerados pecadores e impuros. Com o chamado de Levi, Jesus rompe as barreiras e faz realidade a Palavra do Evangelho. Os judeus piedosos não se misturavam com essas pessoas de má fama, como cobradores e pecadores. Jesus se aproxima das classes malvistas para resgatar os pecadores, pois são eles que mais precisam do médico da alma. (Mc 2, 13-17)
O texto do Evangelho de hoje destaca a solidariedade e a fé de quatro amigos e um paralítico, que a todo custo procuram se aproximar de Jesus. Vendo a fé daquelas pessoas, Jesus, primeiro, perdoa os pecados e depois cura a paralisia daquele homem. No perdão dos pecados e na cura da enfermidade, Jesus revela a ação própria de Deus e manifesta sua identidade: uma forma de evangelizar por palavras e ações. (Mc 2, 1-12)
Da sinagoga a cena se desloca para uma casa. Com muita frequência, Jesus inclui a casa como lugar de pregação e cura. Sabendo que a sogra de Simão está com febre, aproxima-se dela e estende-lhe a mão; imediatamente ela se levanta e se põe a serviço. Em seguida, inúmeros doentes e possessos são apresentados e todos são curados. Amado Mestre, curaste a sogra de Simão, que estava de cama com febre. Livrastes muitos outros doentes de várias doenças. Livra a nós também de nossas doenças e sofrimentos, para que tenhamos...
Jesus é um judeu normal no que se refere à participação na sinagoga. Frequenta-a normalmente e faz uso da Palavra, quando solicitado ou sorteado. Sua atuação é um ensinamento com autoridade, a ponto de, visivelmente, se distinguir dos outros líderes da época, como os escribas. “Cala-te e sai deste homem!”. Eis um ensinamento novo, libertador. Aliás, o ensinamento se identifica com a ação: a palavra de Jesus é fonte de libertação. A primeira lição da vida pública de Jesus é esta: ele veio para libertar as...